05 janeiro 2007

03 - A Imperatriz – Água dá vida


Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo.
C.D.A.


Vênus em Peixes celebra a última das constelações e o primeiro dos elementos!

No começo do começo de tudo havia somente o útero primordial e sagrado.
O mundo estava em uma profunda gestação, até que num repente divino, a Deusa começou seu trabalho de parto. O ardor interno das águas foi se intensificando... Contrações, pulsações... E uma explosão de galáxias, constelações, energia e vida anunciaram o Universo.
Nos estudos de várias cosmogonias a água é a matéria prima da criação, a origem de toda vida. Aqua Vitae, Eau de Vie ou Lebenswasser, tudo significa uma coisa só: Água da Vida.
Sob este aspecto simbólico, a água e a natureza assumem uma personalidade feminina, o Feminino Primordial que concebe, gera, dá nascimento, nutre, preserva, e cuida. Deusa Mãe, a Rainha do Mar personifica a exaltação de Vênus, a expressão máxima de Afrodite, Deusa da beleza e do amor que nasceu da espuma do Oceano. Por isso que, na natureza, perto da água, quase pode se ver o Amor...

E esse sentimento que universalmente é comparado ao mar, em seu verdadeiro sentido, exige que estejamos sintonizados com toda criação. Mergulhados em sua imensidão e mistério, em sua dimensão divina e transcendental.
“Felizes são os peixes!”

Se pensarmos que nosso corpo é formado por ¾ de água para apenas ¼ de substâncias sólidas, e que nosso planeta Terra é na verdade planeta Água...
Somos seres aquáticos. Senão externamente, no íntimo.
Sentimentos e emoções: Lágrimas.
O amor é o que há de mais superior no processo da evolução humana e, mesmo assim, quase não temos consciência de nossas dimensões afetivas.
Que ironia... Apesar de tanta água ao redor, Vidas Secas.

Mas forças invisíveis operam em silêncio e águas paradas correm no fundo.
Um maremoto pode emergir a qualquer momento. As águas vão rolar e os sentimentos ocultos na profunda obscuridade logo chegarão à tona, como um parto da Grande Mãe das Águas Universais.
Assim na Terra como no Mar.
Só não vale chorar... (imagina!)


Nossa capacidade de amar é limitada, e o amor é infinito; este é o drama.
C.D.A.

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